quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O BODE ESPIATÓRIO DA VEZ: O(A) PROFESSOR(A)





O problema da baixa qualidade nas escolas públicas municipal e estadual brasileira está centralizado no modelo de educação vigente e nas políticas públicas voltadas à uma educação pública de ensino fundamental e médio que não visão qualidade, nem tão pouco uma preparação para a vida e um a seleção que garanta a sua clientela ser competitiva neste muito neoliberal que prima pela individualidade e pela competitividade. Mas apenas produzir números estatísticos para apresentar ao MEC, e para justificar um desserviço à formação dos filhos dos trabalhadores brasileiros tentando maquiar uma realidade caótica ao passar para a opinião pública uma conjuntura irreal. Usando o jargão do ex-presidente Lula “nunca na história deste país” se aplicou tanto em educação pública. Mas como se aplicavam muito pouco ou case nada ainda está muito longe do ideal. E outra coisa, no Brasil aplicações em educação são visto como gastos e não como investimentos pelos políticos que exercem um cargo eletivo no executivo ou no legislativo. Cabe lembrarmos que tais gastos em prol da escola pública são feitos em construções de escolas, manutenções das já existentes, mobiliários e alguns equipamentos eletrônicos quando os fazem, e cabe lembrar que na maioria das vezes tais serviços e compras para escola pública são superfaturados. Quanto aos projetos e programas de natureza pedagógica vindos do MEC ou das SEDUCs e SEMEDs pelo Brasil à fora, os principais interessados nunca são consultados que são os alunos, os pais e os professores. As coisas sempre chegam à escola de cima para baixo e temos todos que engolir, jogam sobre os ombros dos professores e estes têm que executar, não dão o apoio logístico necessário, simplesmente ordenam fação acontecer, e quando da certo os louros são dos técnicos e dos gestores. Mas quando desanda a culpa é dos professores. Precisamo de uma revolução na educação brasileira e de um chamado de consciência e responsabilidade da sociedade brasileira para com a educação. Segundo Barbosa Lima,”a esse propósito, e considerando a educação como revolução de longo prazo, cabe dizer que a relação educação e trabalho é íntima, porém não pode nem deve ser confundida uma com a outra. Mesmo sendo imprescindível para qualquer transformação social uma base educacional e para qualquer transformação educacional o entendimento da sociedade que se quer construir, trabalho e educação sempre será um binômio: educação-laboral / trabalho-educativo.” Mas os gestores públicos a frente da administração pública na três feras do poder executivo não primam por construir um modelo educacional que revelem resultados reais porque é um investimento a longo prazo, isso não é revertido em votos nas próximas eleições. Por isso preferem fornecer o livro didático que em algumas unidades não chega para todos os alunos, fardamento, merenda escolar e até almoço. Quando o certo era criarem políticas públicas que gerassem programas sociais que dessem condições para o trabalhador comprar os livros, o fardamento e a comida de seus filhos. O modelo educacional adotado na escola pública brasileira é o cerne do problema da escola pública no Brasil. e é o mais difícil de ser enfrentado. Hoje temos uma escola pública que não tem autonomia político-pedagógica de fato só de direito e está refém das pressões de uma massa incauta e inculta que prima apenas por um certificado escolar para os seus filhos sem visar o aproveitamento positivo dos mesmo que garantiriam uma formação universal, a pseuda gestão democrática de nossas escolas agravou ainda mais a problemática porque o cargo de diretor de escolar transformou-se em um cargo eletivo, onde o gestor escolar buscar atender as vontades do governador ou do prefeito se a unidade escolar for municipal, e da comunidade escolar que o(a) escolheu. E os professores meio a tudo isso, é refém de tudo é de todos e bode espiatório de um modelo falido de educação. A Lei de diretrizes e bases da educação(LDB) preconiza a preparação dos alunos para vida, formar cidadãos e preparar-los para enfrentar os desafios do mundo atual, mas pelos fatores citados e outros a escola pública não consegue cumprir com a determinações da nova LDB, contudo os técnico a serviço da manutenção do caos quando algum setor da sociedade brasileira cobra do ministro da educação, dos governadores,prefeitos e secretários de educação porque a maioria dos alunos não sabem interpretar textos, não conhecem o básico de matemática, e não possuem as condições básicas para compreender e aprender ciências naturais e humanas. Logo, estes pseudo educadores que muitos deles nunca entraram em uma sala de aula de escola pública encontram o professor e verem nele o indivíduo ideal para ser o bode para espiação dos pecados cometido na educação pública por outrem. Apesar que alguns professores são maus profissionais, mas estes tipos de profissionais relápsios existem em todas as profissões, a educação não seria um exceção. Com tudo podemos afirmar que a maioria esmagadora dos(as) professores(as) deste país são responsáveis, profissionais, éticos e amam o que fazem porque se não fossem assim a realidade seria muito pior. Já que o sistema educação no Brasil visa mante uma educação que não condiz com a realidade e nem com as necessidades de sua clientela, uma escola que tem por objetivo reproduzir o status quo.

Professor José Cícero Gomes

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