sexta-feira, 24 de abril de 2009

O professor de Ronônia faz parte da dura realidade nacional.

A realidade do professor no Brasil e em Rondônia.







Apesar de ter havido tímidos avanços pontuais em alguns Estados nos últimas décadas, agora se observa um recuo. O professor brasileiro continua muito mal pago, em comparação com seus colegas em outros países. Não precisamos tomamos como paradigma Europa, Japão ou EUA. Aqui mesmo na America do Sul, há professorem melhor remunerados do que os Brasileiros. Na hora de compararmos é preciso lembra além do salário de miséria nossos professores tem como desvantagem uma carga horária maior e salas altamente numerosas, aqui no Brasil o professor dar aula para sala cheias, verdadeiros auditórios, com mais alunos por professor, o que demanda mais tempo e atenção do profissional. Essas constatações, feitas por uma pesquisa da Unesco, mostram fatos que estão explícitos. Creio que não se precisa de pesquisa para se ver que a escola pública brasileira está na U.T.I. e o professor brasileiro está morrendo de sofrer diariamente falta de respeito; por ser excluído, explorado, injustiçado e de indignação e stress. O resultado da tal pesquisa da UNESCO, já era a muito conhecida dos brasileiros, mas que ganham relevância quando comparados com a situação de outros países. De um total de 38 países, o Brasil só não paga pior aos seus professores em início de carreira do que o Peru e a Indonésia. Aqui, o salário anual, em dólares, é de US$ 4.818, metade do valor que nossos vizinhos Argentina e Uruguai pagam e um sexto do que ganha um professor na Suíça. É bom lembrar que, nessa comparação, o raciocínio de que aqui, com os mesmos dólares, se vive melhor do que na Suíça não vale porque os pesquisadores já levaram em conta o custo de vida em cada país. Além de pagarmos mal, as condições que o poder público constituído no Brasil dar aos professores são piores do que em outros países. No ensino médio, segundo a Unesco, o número de alunos por professor é de 38,6. É a maior razão encontrada em 33 países desenvolvidos e em desenvolvimento onde foi possível comparar essa taxa. A taxa do Brasil é preocupante, mas, para os defensores do status quo, deveríamos dar graças a Deus porque estamos melhor do que muitos países africanos. Mas é bom lembrarmos que se não ganharmos dos países mais miseráveis do mundo, iremos ganhar de quem?Para nos conformar, eles enfatizam que na África, há países pobres em que essa média chega a 70. Isso significa que é tão comum encontrar salas de aula com 100 alunos quanto encontrar com 40. Usar a África como exemplo para dizer que não estamos tão mal assim é uma atitude cretina, é verdade. Mas, como a comparação com a África é freqüentemente citada para mostrar o quadro mais negro do que ele é, acho que vale a pena colocar as coisas nas devidas dimensões. O que o estudo aponta para o Brasil que merece reflexão é que, como dizem seus autores, em países em que as condições de trabalho dos professores são boas, a qualidade da educação tende a ser melhor. Discutimos tanto as razões para a falta da qualidade da nossa educação que às vezes esquecemos o óbvio: professores mais bem pagos e com menos alunos em sala têm condições de desenvolver um trabalho muito melhor. No bojo de toda esta discussão, nós professores do Estado de Rondônia que a mais de oito anos não sabemos o que é aumento real de salário. Estamos também engrossando as estatísticas dos professores que morrer neste país todos os dias em conseqüência de tudo que a pesquisa da UNESCO levantou, e por muitos outros fatores nefastos que aflige a vida do professor e abala a educação brasileira. O professor de Rondônia não seria uma exceção, principalmente com o gestor estadual que tem que não valoriza a educação do povo rondoniense, e nem tal pouco os educadores. Mas no último mês de março, no dia 24, os deputados do nosso Estado, cumprindo as ordem vindas do Palácio Getúlio Vargas, aprovaram a revelia do povo, u reajuste de 25% no salário do gestor estadual, do vice, dos secretários de estado e adjuntos . Esta manobra vergonhosa do legislativo estadual a serviço do executivo, fazendo valer velhos provérbios populares, como “é dando que se recebe”, “uma mão lava a outra,...”, foi denunciada pela impressa livre de Rondônia, e no dia 31 de março, o nosso gestor estadual Sr. Ivo Cassol recusou o reajuste e afirmou que seu vice o Sr. João Cahulla fez o mesmo. Porém é bom salientar que isto só se deu diante da repercussão negativa, se não eles não teriam recusado. Mas onde entra o salário dos professores em tudo isto? É que O Sr. Ivo cassol se nega a recompor as percas salariais dos servidores em educação alegando que poderia quebra o Estado. Nosso gesto alega que é tempos de crise, e para ele falar em aumento real de salários é um desvario, um delírio. Mas aumentar seu próprio salário, e do vice, adjuntos e secretariados onde todos ganham os maiores salários de Rondônia, não quebraria o Estado. Mas a miséria que percebem o servido se reajustada poderá segundo o mesmo, causar um rombo nas contas públicas do Estado. Acredito que a união faz a força, e a exposição de quem somos e como estamos, enquanto funcionários públicos, pode talvez criar uma indignação na população e um necessário apoio por parte da sociedade rondoniense às campanhas dos professores pela melhoria da educação em termos de salário e condições pedagógicas de trabalho. Em quanto o professor comendo pacu magro e continuar arrotando dourado irá continuar passando uma imagem que o professor está querendo de mais porque já ganha muito bem. O professor precisa ter consciência política e consciência de classe, só assim poderá mudar sua realidade.